quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Análise dos espetáculos do 1º Festival de Teatro e Dança da Universidade Federal de Uberlândia


Pude observar no espetáculo de dança “Veia” da Universidade Federal do Rio de Janeiro que o grupo como todo conseguiu passar para o público com muita clareza as entonações corporais presentes. Percebi também que os dançarinos usaram suas expressões corporais e faciais a favor da música, instrumental com batidas fortes e rápidas. Vi outro fato bem importante que foi os acabamentos dos gestos e movimentos, onde fazia com que essas cenas coreografadas ficassem bonitas de se apreciar.
Outra coisa que observei também foi o uso de objetos a favor do corpo nas cenas. E com isso consegui identificar um pouco de Brecht, pois usavam músicas e movimentos que podia ser considerado como ‘pesado’ e fizeram uma quebra com o uso de tecidos e retalhos que pode ser considerado como ‘leve’. Foi um ótimo espetáculo.
Outra coisa que achei legal de pontuar foi à interação dos corpos uns com os outros, onde dava a impressão que eles era bonecos de pano, de tanta facilidade que tiam.

Já no espetáculo convidado “Inderna de Intão” de Brasília observei que o ator usou, do começo ao fim da peça, Stanislavski. Ele realmente conseguiu encorporar no personagem, e no meu ver, ele não abandonou seu personagem em hora alguma.
O papel que o ator fazia era de uma senhora, e deu pra ver que ele ‘usou no seu sub texto’ um peso no corpo, pra que aquela senhora saísse do jeito que tinha que ser.
E o melhor foi que, mesmo já estando encorporado em seu personagem, o ator, ao contar suas histórias encorporava em cada pessoa que aparecia nela.

Achei interessante falar de dois espetáculos diferentes porque pude observar a diferença nos corpos que apareceu em cada apresentação, e os diferentes métodos que os grupos usaram, para que seu espetáculo acontecesse. E com essas diferenças a gente já vai vendo com o que se identifica mais.


Renata Paixão

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